As crenças, também designadas por esquemas cognitivos, são ideias sobre nós próprios, sobre os outros e sobre o Mundo que desenvolvemos com base na nossa experiência durante a infância e a adolescência.
As nossas crenças influenciam o modo como interpretamos as várias situações e são como verdades absolutas para nós próprios.
Exemplo: “Eu sou um bom amigo”, “O mundo é um lugar perigoso”, “Estou seguro com a minha família”, “Eu sou incompetente”
Tendemos a selecionar informação que confirma as nossas crenças/ esquemas e desvalorizar informações contrárias.
Por exemplo: “Eu realizei bem aquele projeto, mas isso não significa que eu sou competente; só tive sorte.”
Nem todas as nossas crenças/ esquemas são adaptativas. É comum, ao longo da vida, contruirmos crenças que nem sempre correspondem à realidade e que acabam por nos causar mal-estar.
Muitas vezes, na infância ou adolescência desenvolvemos crenças disfuncionais que só anos depois, devido a um determinado acontecimento, são ativadas. As crenças/ esquemas são como uma fechadura e os acontecimentos são as chaves. Podemos ter ume determinada fechadura a vida inteira, mas nunca encontrar a chave.
Por exemplo: na adolescência, após o divórcio dos pais podemos desenvolver a crença “não é seguro confiar a 100% nos homens”, sendo esta crença ativada apenas com o início de uma relação amorosa.
É possível alterar as crenças ou esquemas mal adaptativos, tornando-os mais realistas e menos causadores de mal-estar.
No entanto, modificar crenças é uma tarefa desafiadora que exige dedicação, prática e, muitas vezes, apoio de um/a psicólogo/a que poderá auxiliar na identificação destes esquemas/crenças e na sua alteração.
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