Os Pensamentos Automáticos Negativos são uma experiência comum no ser humano, estando presentes mesmo em indivíduos sem sofrimento psicológico.
Os Pensamentos Automáticos Negativos surgem de forma breve e espontânea, fazendo com que o indivíduo tenha maior consciência da emoção (que surge como resultado dos seus pensamentos) do que dos próprios pensamentos. Este tipo de pensamentos não é baseado na reflexão ou deliberação, fazendo com que o seu conteúdo, seja, muitas vezes, distorcido e prejudicial ao bem-estar psicológico.
Os Pensamentos Automáticos Negativos mais comuns incluem, por exemplo:
“Não sou capaz”;
“Não mereço ser valorizado/a”;
“Se não responder de forma correta vão deixar de gostar de mim”;
“Tenho que fazer tudo bem”;
“Não posso falhar”;
“Apenas tenho sorte”;
“Não estou seguro/a”;
“Nunca serei bom/boa o suficiente”;
“Nunca irei ultrapassar estas dificuldades”.
Estes pensamentos podem surgir em forma verbal, visual (imagens) ou ambas. Por exemplo: pensar que não será capaz de responder corretamente numa apresentação importante e imaginar a situação em que falha.
Se todos temos Pensamentos Automáticos Negativos, como podemos evitá-los?
Na grande maior parte das vezes, não temos consciência da presença destes pensamentos, verificando-se uma tendência para os aceitarmos como verdades, sem refletirmos ou avaliarmos o seu conteúdo.
Não é possível deixar de ter Pensamentos Automáticos Negativos, uma vez que estes são, como o próprio nome indica, automáticos. No entanto, com algum trabalho é possível ganhar consciência dos mesmos. Só assim conseguimos avaliá-los e, se necessário, modificá-los ou ajustá-los para que se tornem mais adaptativos e produzam uma mudança positiva nas emoções.
Para identificar PAN devemos colocar a questão “Em que estava a pensar quando me senti assim?”
O pensamento a que chegou é realista ou foi distorcido de acordo com as suas interpretações da situação?
O/A psicólogo/a pode ajudar na identificação, avaliação e modificação destes pensamentos. Para que surjam resultados, esta mudança envolve trabalho e dedicação, mesmo fora da consulta!
Referência:
Beck, J. S. (2011). Cognitive behavior therapy: Basics and beyond (2nd ed.). Guilford Press.
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